terça-feira, 9 de junho de 2020



"UM OLHAR PSICANALÍTICO SOBRE A PANDEMIA" 
Maria Zilda Cesarotto

Estamos vivendo nesses últimos meses uma situação de pânico desencadeada pela epidemia do Corona Vírus. Diante das incertezas quanto à doença, a angústia pelo crescente número de mortes, a preocupação com as inúmeras medidas que temos que tomar para tentar evitar o contágio, o pânico aparece entre as pessoas e as reações são as mais variadas, uma delas é a negação do problema.
Algumas pessoas sentem tanto medo que precisam negar o que está acontecendo, acreditam que vai passar e não tomam os cuidados recomendados pelos especialistas em saúde, frequentam aglomerações, manifestações públicas, etc. Acreditam estar protegidas, sendo uma forma de negação.
Existem também os desesperados, que somam o medo de fora com as angustias interiores que já sentiam. A pessoa acredita que não pode fazer nada, que a ameaça é tão poderosa que se sente imobilizada. Angustia e desamparo são sentimentos presentes confirmando seus complexos infantis. Sentem o isolamento como punição, pois aprendemos que a prisão é um dos piores castigos.
Entre esses dois polos existe o tipo misto, que é o confuso ele não entende direito o que está acontecendo, em um momento acredita que tudo está perdido, depois fica mais otimista. Ou seja, não sabe exatamente como agir.
Segundo Christian Dunker, com o isolamento a maior parte das pessoas vai ter seus sintomas psíquicos piorados porque há um aumento de tensão e conflito social e isso ocorre com as pessoas mais desprotegidas e vulneráveis. O isolamento vai tornar mais intenso os sintomas que a pessoa já possui, como a ansiedade. O paranoico vai ficar mais paranoico, o mesmo acontecendo com o depressivo, e com o hipocondríaco.
As pessoas estão vivendo em um estado de expectativa que gera ansiedade, precisamos fazer frente ao medo que que se instala do social, mas esse medo vai se juntar as angustias internas.
Esse perigo que vem de fora gera uma mensagem de que perdemos a nossa liberdade de ir e vir.   Com o isolamento social, iniciamos paradoxalmente perceber a importância do contato humano. No mundo atual, no qual a tecnologia permite conseguir inúmeros progressos, passamos mais tempo nos celulares, mergulhados no nosso universo narcísico individual, do que no cuidado com o outro, com o afeto e o amor pelo ser humano próximo.
A geração recente cresceu experimentando a facilidade de estar com o outro, por meio das redes sociais. Com essas novas relações perde-se prazer do contato para abarcar um maior número de amigos nas redes sociais.  A vida digital é interessante, entretanto agora isoladas, as pessoas começam a perceber o que foi deixado de lado, o quanto o outro humano é importante.
É preciso respirar profundamente e acolher uma nova forma de pensar e ser criativo diante das limitações cotidianas que estão sendo impostas, podendo transformar as formas de organização da vida e das relações sociais. O vírus nos mata pela impossibilidade de respirar, mas também pela nossa dificuldade de enxergar o outro em sua semelhança e humanidade.
Podemos apontar alguns fatos positivos nessa pandemia, estávamos vivendo uma aceleração que muitas vezes se tornava doentia, tivemos que desacelerar. Estávamos em uma hipertrofia narcísica apoiada pelo mundo digital, pelo modo de produção neoliberal e pela mídia.
Bruscamente surgiu um vírus que ninguém havia percebido e que fez o mundo parar. Esse momento traz uma lição de humildade e solidariedade. Aprendemos ao longo da história que certas crises só se resolvem, ou melhor, só minimizamos seus efeitos catastróficos, havendo uma organização coletiva, comunitária, em que prevaleça um sentido de empatia e solidariedade.
Coronavírus: alguns sentem tanto medo que precisam negar o que ...
Fonte da imagem: https://www.bbc.com/portuguese/geral-52160230





Maria Zilda Cesarotto, formada em Pedagogia, Ciências Sociais e História, com pós-graduação em Gestão Escolar e Formação em Psicanálise. Atuou durante cinquenta anos na Educação Básica da Rede Estadual de Ensino de São Paulo, ocupando os cargos nas áreas de docência, coordenação pedagógica, direção de escola, supervisão de ensino, dirigente regional de ensino e professora de graduação junto aos cursos da área de licenciatura presencial do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - CEUNSP. Em sua carreira profissional acumulou grande experiência na gestão de pessoas e processos educacionais, estando a frente das diretorias de ensino da região de Itu e São Roque, por mais de 20 anos. Atualmente atua como psicanalista/psicoterapeuta no Espaço Acolher em Itu.





SCALA  EM  MOVIMENTO, CONHECIMENTO EM TODO O TEMPO!! 
Neste momento, se faz necessário uma repactuação das relações cotidianas, tais como, as negociações trabalhistas, comerciais, educacionais e sociais, para que passamos recriar as formas de relacionamento social. É um momento imprevisível, marcado por incertezas, e nos cabe aprender a viver com o incerto e com o novo, desenvolvendo a empatia, consciência social, ambiental e a solidariedade, contribuindo dessa forma para um estágio melhor do que chamamos de humanidade.




domingo, 7 de junho de 2020

6RC - 2º BIMESTRE

Semana de Estudos Intensivos (SEI)
de 08/06/2020 a 22 /06 /2020


ARTE

HISTÓRIA

TECNOLOGIA


PROJETO DE VIDA
 ARTE 

PROJETO DE VIDA 

  EDUCAÇÃO FÍSICA

CIÊNCIAS

INGLÊS
 PORTUGUÊS
 SEMANA DE 15 A 19 DE JUNHO

PROJETO DE VIDA

HISTÓRIA
MATEMÁTICA






ELETIVA




SEMANA DE 22 DE JUNHO A 03 DE JULHO


ARTE 


ELETIVA
TECNOLOGIA 

PORTUGUÊS
INGLÊS

EDUCAÇÃO FÍSICA
PROJETO DE VIDA
CIÊNCIAS

SEMANA DE 06 A 17 DE JULHO

HISTÓRIA



ELETIVA

TECNOLOGIA
INGLÊS

PROJETO DE VIDA
ARTE
SEMANA DE 20 A 31 DE JULHO

PORTUGUÊS 





HISTÓRIA

 PORTUGUÊS



EDUCAÇÃO FÍSICA 
GEOGRAFIA






Comunicados e Como Navegar No Blog Da Escola

VÍDEO ORIENTADOR PARA O 2ºBIMESTRE

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